Precisamos falar, sobre a dificuldade de inserção no mercado de trabalho, ainda mais nos dias de hoje.
Como sabemos, o mercado jurídico está completamente saturado de profissionais da área, o que provavelmente seja um fator para o numero exorbitante de reprovação no Exame de Ordem.
Será que temos tantos clientes quanto profissionais no mercado? Qual seria a solução? Afinal, não culpo quem escolhe cursar Direito, uma vez que sou completamente apaixonada pela profissão. Mas será que estamos saindo prontos das Universidades para exercer a profissão? Será que ao invés de fazerem uma prova a nível de magistratura por parte da FGV, não cabe uma melhor fiscalização do MEC com as Universidades que ministram o curso? Ou será que seria o fim dos cursinhos que nos ensinam o que não aprendemos nas salas de aula e na verdade tudo isso não passa de um acordo que beneficia ambos os lados, uma vez que "5 anos não basta para aprender o Direito", mas talvez bastaria, se ao invés de termos aquela pausa para o cochilo, mais conhecida como aula de slides, tivéssemos uma aula dinâmica como nos cursinhos. Fica o questionamento, afinal, quem sabe a resposta?!
Isso já nos faz perceber que sem a OAB, dificilmente você terá uma carreira no Direito, talvez se fizer parte de uma longa geração de advogados você provavelmente tenha uma vaguinha esperando a sua hora de ter a tão sonhada carteira vermelha, senão, passará os dias enviando currículos para vagas que fará muito e receberá pouco ou quiçá, concorrerá com os técnicos em serviços jurídicos, uma vez que o MEC aprovou o curso em questão, que farão o mesmo trabalho, por um salario compatível com a bolsa de estagiário.
Sendo assim, qual a sua profissão? Bacharel em Direito? "Advogado sem OAB"? Paralegal?
É meu caro, esta é a dura realidade dos 82,93% de reprovados no ultimo exame, que estão entre o céu e o inferno, sobrevivendo ao limbo e criando forças para continuar. Alguns lutando por seus sonhos e outros também mas não no Direito!
E com isso, você ainda pode pensar, "mas tem gente que passa de primeira e não tem esse problema" e lhe digo que a percepção muda, mas o problema é o mesmo, uma vez, que esses mesmos profissionais estão competindo com aqueles que não cobram a consulta, que "dão um jeitinho", uma "olhadinha rápida no processo", fazendo propagandas que mercantilizam a profissão e desrespeitam a tabela de honorários.
Solução, voltar no tempo e fazer outro curso? Se aventurar no mundo dos concursos? Enfim, quem sabe?! Já que esta é uma consideração que possui mais interrogações que afirmações, o que vale é a reflexão!